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ARTIGOS» DROGAS » DETALHES
Usuários e drogas

Add: 05/08/2006

Usuários e drogas

Antes de identificar um usuário de drogas é necessário definir como entendemos os termos usuário e droga.

Podemos dizer que identificar um usuário é tarefa muito simples: quem toma um cafezinho, bebe uma cervejinha, fuma um cigarrinho e toma um remedinho (por conta própria ou por indicação médica), é usuário de droga!

Esta afirmativa pode parecer um tanto quanto estranha, afinal costumamos fazer as seguintes associações:
droga = substâncias ilícitas (maconha, cocaína etc.)
usuário = dependente (popularmente chamado de viciado, drogado etc.)

Alguns podem argumentar que as substâncias ilícitas são mais perigosas e prejudiciais do que as lícitas (álcool, cigarro etc.). Mas com base em quê? Por exemplo, o que é pior: uma pessoa usar maconha ou álcool?

Se analisarmos as situações a partir da substância, já saberemos a resposta. Se tomarmos como referência o tipo de relação que o usuário mantém com a droga, a análise já será diferente. Se imaginarmos um uso constante, em quantidades relativamente altas, enfocando prejuízos orgânicos causados pelo uso crônico, síndrome de abstinência, incapacitação social e riscos de overdose, comparados entre as duas substâncias, a posição relativa das drogas, mudará drasticamente. A este respeito, Masur e Carlini no livro "Drogas: subsídios para uma discussão", fazem uma visão comparativa dos prejuízos causados a curto e a longo prazo, por cinco substâncias sobre as quais existe mais discussão: cigarro, álcool, maconha, cocaína e heroína.

Bem, o que estamos querendo dizer com tudo isso? Primeiro: que tudo é muito relativo. Segundo: que ao invés de nos preocuparmos em identificar um usuário seria muito mais adequado procurarmos olhar para o ser humano, ou seja, entender como ele pensa, o que sente, o que deseja, o que o preocupa, quais as suas necessidades... sem pré-julgamentos, sem preconceitos, sem medo. Mas... como disse Andrade: "O difícil é olhar de perto. Afinal a exclusão esconde o insuportável". E o insuportável é aquilo que mais intimamente, dentro de nós, evitamos ter contato.

Quando suspeitamos que alguém usa droga ilícita, procuramos alternativas para lidar com a situação da melhor maneira possível. Podemos conversar com a pessoa ou solicitar a orientação de um profissional. Às vezes buscamos soluções mágicas como, por exemplo, uma lista de sinais de uso de drogas. Mas o que fazer com as informações contidas nesta lista? Mesmo que nos auxiliem a identificar um usuário, o que fazer com esta descoberta?... E, então, perguntamos: essa lista serve para quê? Muita vezes acaba sendo utilizada como pretexto para que nos tornemos detetives ou espiões capazes de invadir a privacidade do outro. Serve, portanto, como um paliativo para diminuir a angústia que se tem pelo desconhecido.

E o desconhecido não se refere apenas às drogas ilícitas - embora estas despertem uma certa curiosidade, acompanhada por uma sensação de mistério decorrente do mito que se criou em torno delas - nem muito menos às lícitas, já que são aceitas socialmente e seu uso é estimulado.

O desconhecido é o ser humano, com sua enorme complexidade. Somos nós mesmos. É o outro diferente de mim.

Várias podem ser as causas dos sinais listados para reforçar nossa capacidade de rotular, estigmatizar e discriminar aquele que é diferente, ou seja, que foge daquilo que chamamos de normalidade.

Não nos interessa, portanto, saber quais os sinais para identificar quem é usuário. Devemos nos interessar em saber o que o uso de drogas (lícita e/ou ilícita) está sinalizando. Pode, por exemplo, ser uma das respostas (às vezes a única) para problemas individuais, familiares e/ou sociais ou, ainda, uma experiência que faça parte das descobertas e do crescimento do ser humano.

Assim, um uso constante de qualquer substância não deve ser ignorado nem banalizado, tal como habitualmente fazemos quando se trata das drogas lícitas. De outro lado, uma experiência com droga ilícita não deve ser tratada com pânico nem desespero.


Afinal, quem usa drogas são os seres humanos. Portanto, como tais, devem ser respeitados em sua subjetividade e individualidade.  

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